Os valores, a partir de R$ 10, podem ser doados até o dia 8 de outubro. As recompensas para quem doar vão de certificados digitais até participações em eventos exclusivos.

O projeto ganhou o nome Arandu Jikre, que significa "abrace um aluno indígena". O objetivo, conforme o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Isatir Botin Filho, é formar novos leitores e incentivar o hábito de ler livros de ficção, e não apenas didáticos.

"É possível a gente se unir e conseguir atender cada aluno indígena", projeta.

É a primeira iniciativa coletiva realizada pela entidade, responsável pela organização da Feira do Livro. "Percebemos que a sociedade também poderia participar de uma forma voluntária, doando valores, para que contemplasse uma parcela da população praticamente invisível, que não têm quem fale por eles", analisa.

Cada estudante receberá um vale no valor de R$ 30, para escolher e comprar obras de literatura de temática indígena durante a programação da feira. Além disso, um bônus de R$ 1 mil será doado para as bibliotecas das escolas indígenas, que poderão adquirir obras para o seu acervo.

A campanha tem duas metas: uma delas é de R$ 40 mil, que viabiliza as doações para 400 alunos e 30 professores de 17 escolas indígenas na Região Metropolitana de Porto Alegre.

A segunda, de R$ 290 mil, se for atingida, vai proporcionar a doação de vales para todos os alunos matriculados nas escolas indígenas do estado. Além disso, serão beneficiados 250 professores e as bibliotecas de 90 escolas.