A Polícia Civil ganhou um reforço no combate à lavagem de dinheiro, com a criação de uma delegacia especializada para investigar este tipo de crime. Um dos alvos são os traficantes de drogas, que movimentam grandes fortunas, como mostra reportagem do RBS Notícias (confira no vídeo).
A nova unidade policial vai funcionar, em um primeiro momento, em uma sala de 50 metros quadrados no Palácio da Piratini, sede do governo estadual, na Região Central de Porto Alegre. É o mesmo espaço do laboratório de lavagem de dinheiro, criado em junho de 2014.
No local, os profissionais têm acesso a programas usados para identificar a origem do dinheiro sujo. Conforme os policiais, a tecnologia utilizada é o que tem de mais moderno para esse tipo de investigação, capaz de cruzar milhares de dados de forma rápida e inteligente.
"A gente vai ter o pessoal que vai trabalhar direto nessa investigação, sem estar preocupado em investigar um homicídio, um latrocínio, como é no interior, onde a delegacia acaba investigando todos os crimes", observa a delegada Greta Moura Anzanello, que vai ficar de titular da especializada.
A ideia é apertar o cerco a quem tenta esconder dinheiro ilegal, não só com o trafico de drogas. "Descapitalizar, tirar patrimônio aferido com o crime para fazer realmente o combate mais eficiente à organização criminosa", explica o diretor do gabinete de inteligência da Polícia Civil, Nedson Ramos de Oliveira.
Um dos exemplos do trabalho realizado no local foi o desmonte do império e da organização criminosa do traficante Xandi, morto em janeiro no litoral Norte. Foram descobertos pelo menos
R$ 6 milhões vindos do tráfico investidos em outros negócios, de frota de táxi a casas de luxo. Tudo, segundo a polícia, para dar uma aparência de legalidade ao valor arrecadado com a venda de drogas.